sexta-feira, 13 de abril de 2012

Noite do Rock no Nação Cultural do Sertão foi bastante prestigiada


Foto: Divulgação

Seis bandas diferentes e uma proposta em comum: levar a sonoridade e as mensagens da música alternativa produzida em Pernambuco para o grande público. Ao som de muito hardcore, metal e outras vertentes do rock, seis grupos abriram a programação do Palco Nação Cultural, nessa quarta-feira (11), em Arcoverde, no Sertão do Moxotó. As bandas locais Fetus, Sistema de Protesto, BCR e Irmandade Punk se uniram às recifenses Plugins e B.U em uma noite marcada pela força e vibração do legítimo rock.

Primeiro a subir ao palco, Fetus mostrou um repertório autoral com destaque para as músicas “Veneno para sorrir” e “Anjos mais pesados que o céu”. O grupo, que tem um verdadeiro fã clube, agradou ao público heterogêneo presente na Praça Virgínia Guerra, ontem à noite. “Conheço esses meninos desde pequenos e acho muito bom vê-los no palco, se apresentando para gente da cidade e de fora também”, comentou a dona de casa Alice Moura. A banda, formada em 2004, começou tocando covers, mas logo resolveram enveredar por canções próprias. Para relembrar a origem, o trio executou “Creep” – sucesso da banda inglesa Radiohead.

Na sequência, quem deu o recado foi o grupo BCR, também de Arcoverde. Com uma sonoridade mais pesada, fortemente influenciada pelo punk, a banda mostrou canções com temáticas sociais. “A periferia merece respeito e dignidade”, gritou o vocalista Rodolfo Barreto durante show. Veterano na cena musical da cidade, o músico, que criou o BCR em 1998, destacou a importância do evento. “Começamos participando de festivais produzidos por nós mesmos. Agora, é gratificante estar neste festival, uma iniciativa importante para a valorização do som que é produzido na cidade”.

Sistema de Protesto, terceira atração da noite, também é arcoverdense. A turma, que tocou pela primeira vez oficialmente no polo junino da cidade em 2007, tem como principais influências os grupos Motorhead e Ratos de Porão. Na apresentação dessa quarta, o vocalista Erick Maxuel inovou, ao convocar uma roda punk formada só por mulheres. O músico falou também sobre a importância do Festival Pernambuco Nação Cultural, que acontece pela primeira vez na região (Sertão do Moxotó). “Esse festival é mais uma oportunidade para divulgar as bandas que nem sempre têm canais para mostrar o seu trabalho”, destacou.

Ramones, Garotos Podres e Green Day são as principais influências sonoras destacadas pelo vocalista Felipe, 17 anos, da banda Irmandade Punk – quarta atração da noite. O grupo, formado em 2008, mostrou canções próprias e finalizou o show com um clássico “Roots blood roots”, da Sepultura.

Misturando rock, hardcore e hip hop, a banda recifense Plugins contagiou o público que se manteve presente até o início da madrugada. Formado há cinco anos, o grupo tem dois álbuns lançados: “Resistência” e “Quem é de verdade”, de 2011. O show teve como um dos pontos altos a participação do vocalista da banda Devotos, Canibal, na música “Eu tenho pressa”. O resultado: uma grande roda de pogo.

Coube ao projeto paralelo de Canibal, a banda B.U, fechar a noite dedicada ao rock alternativo. Trocando os vocais pela bateria, o músico e seus companheiros apresentaram um repertório autoral influenciado por bandas dos anos 1980, como Legião Urbana e The Smiths.

Conectado Pernambuco, a sua festa começa aqui!
www.conectadope.com
@ConectadoPE

Nenhum comentário:

Postar um comentário